sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Falsas Crenças


  Falsas fés, falsos ídolos, estátuas ocas que não tem sentido nem pensamentos, sem coração. É assim que te vejo em meu olhar... não te vejo como um exemplo, um ídolo, algo que deva alguma vez seguir, pois sei que seguir o teus caminho seria suicídio .. o mesmo que lançar a minha alma no fogo, arder em agonia para a eternidade.
  Agora quem vai seguir a sua própria fé, a sua religião, sou eu.. pois o meu caminho é bem mais curto que o teu, não preciso pensar tanto, apenas sinto com o coração que bate dentro do meu peito, que bombeia cada gota de sangue repleto de veneno que tingiste um dia com o teu amor doentio.
  A monstruosidade do teu toque, a sedução do teu olhar, o ardor dos teus lábios e a doçura do teu respirar sobre a minha pele, este contraste entre o bem e o mal... és tu. Não tens equilíbrio entre o branco e o preto, és extremos e não te completas, e acabas por destruir tudo que amas.
  Perdi-me no teu coração um dia e não vou voltar a deixar-me perder.. és imperfeito demais para mim, pois todo o sangue que derramei por ti um dia jamais voltará para as minhas veias.

   Com todo o amor que me envenena...

Eclipse


  Acordo e reparo, o mundo é feito por apenas dois grupos, aqueles que se atrevem a sair da sua concha e aqueles que invejam e se colam na boleia. Cópias mal impressas, que tentam roubar, sugar toda a nossa cor a nossa criatividade e a transformar nos seus próprios troféus.
  Quantas vezes eu não vos vi exibir a coroa de louros por terem roubado o meu sangue, os meus pensamentos, sugado a minha alma, a minha criatividade, exibindo e exigindo tal como se fosse vosso por direito.
  Acabou! pois por entre sentimentos, revoltas, raivas, todo este veneno que injectaram no meu sangue, que não me matou apenas me tornou mais frio, mais inconsciente, mais ácido e vazio, talvez agora seja tão venenoso quanto esse veneno. Pois entre gritos, que ecoam na minha cabeça, gritos de todos estes egos que assombram cada recanto das minhas memórias, eu acabei por libertar da minha caixinha de Pandora, aquele que eu nunca quis mostrar, o mais negro, o mais frio, a hidra mais perigosa em mim.
  Acabou a pena, acabou o rapaz simpático que engole cada segundo dos outros, acabou a minha paciência, não preciso disto para viver, felizmente sou feliz apenas com o ar que eu respiro e quero que o resto arda, mas entre karmas e palavras mal ditas eu não vou me sujeitar a mais nada, não sou eu que tenho que culpar ninguém, é a tua consciência.
  Acabou simplesmente de morrer mais um pedaço, agora quero lá saber aguenta-te com este que vai renascer, pois ele não vai ser como o outro, vai ser mais negro que a noite e mais frio que gelo, coroaram-me com a coroa de gelo agora aguentem com ela.